Nos dias atuais, assistimos a uma corrida desenfreada de profissionais em busca da mudança de suas carreiras, atendendo à ameaça de que o mundo está mudando e, de que a tecnologia e a inteligência artificial vão causar o fim de milhares de emprego formais.
Inovação é a palavra da moda.
A cultura do medo, amplamente divulgada, acaba se instalando e provocando um movimento, no mínimo, interessante : apesar de levar muitos profissionais ao movimento extremo – da depressão ou um pedido de demissão sem planejamento – para outros, acaba acordando o “bichinho da criatividade”. Esse insight, muitas vezes está adormecido pelo comodismo, ou ainda, pela pretensão de se moldarem à uma cultura, muitas vezes prejudicial a sua carreira e, até mesmo, à sua saúde.
É expressiva a quantidade de profissionais que passam muitos anos em uma mesma empresa se “moldando” pra atender “esse ou aquele chefe” , “essa ou aquela cultura”. Lamentavelmente, moldar é a palavra adequada para esses casos.
Esses profissionais que lutam para se adaptarem a esse novo molde, se deixam de lado. Colocam muitas de suas qualidades em segundo plano, sufocando as forças que, até então, os conduziram àquela posição, em troca de uma esperada ascensão profissional. No entanto, a conta disso é paga lá na frente, em forma de frustração, vazio e arrependimento.
Quando esse momento realmente acontece, vem a vontade de jogar tudo pra cima, fazer algo diferente, que dê sentido à vida. E nessa hora, é preciso ter um cuidado especial para não piorar o que já não se encontra tão bom.
Parar e refletir, se torna essencial nesse processo de possível mudança. Permitir a oportunidade de se ouvir, identificar e destacar as qualidades de sua carreira. E algumas perguntas são necessárias de serem feitas nessa fase:
- O que foi bom na minha vida profissional?
- O quê não foi tão bom assim?
- Eu realmente gosto do que eu faço?
- Se não estou gostando, qual é o motivo? É o local de trabalho ou a função exercida?
- Qual o real motivo da minha infelicidade?
As fases desta autoanálise – pensar, se ouvir, avaliar, entender quem sou ou meu propósito – pode se tornar um processo solitário. Ou pode vir apoiado pela colaboração e orientação de alguém habilitado para tal, que ajude a organizar essas reflexões e traga à tona alguma experiência, habilidade ou característica que talvez tenha ficado pelo caminho, mas que, com certeza, tem seu grau de importância, pois contribuiu com sua caminhada profissional para chegar até o momento atual. É um novo olhar sobre si mesmo.
A decisão de dar uma guinada na sua carreira, não necessariamente, deva significar uma mudança radical, mas, muitas vezes, apenas fazer o que faz de modo diferente. A transformação pode ser difícil, mas, na maioria das vezes, traz resultados surpreendentes.
BOA TRANSFORMAÇÃO!
Marcos Serrano | Sócio-fundador da Ommí Soluções || Coach e Consultor em Desenvolvimento de Pessoas e Empresas